A criança se desenvolve a partir de interações com as pessoas e com o mundo. Por esse motivo, tudo que é apresentado a ela deve passar por uma mediação e por uma condução. Pensando nisso, reunimos seis dicas sobre o uso de tecnologia para crianças para ajudar pais, mães e educadores.
No entanto, a tecnologia entra, muitas vezes, de forma tão natural nesse processo, que quando vemos o pequeno já está deslizando os dedinhos pelo tablet, sem grandes introduções. É claro que o intuitivo, a descoberta e o conhecer da criança devem ser respeitados. Afinal, é nessa interação despretensiosa que a criança aprende ação e reação, texturas, sons e vocábulos. No entanto, o uso responsável de telas, também deve ser ensinado. Esse processo chamado de letramento digital.
Como funciona o letramento digital?
A ideia do letramento é que a criança entenda quando e como ela utilizará as telas. Além disso, também faz com que saiba utilizar para um fim consciente, responsável e livre de ameaças. Com esse objetivo, reunimos algumas dicas para o início do letramento digital:
1. Propósito claro
A criança deve ter um propósito muito claro no uso da tecnologia. Seja para aprender, interagir, consultar ou se divertir, é importante que esse objetivo esteja claro. Assim, o uso deve ser consciente e direcionado, e não à deriva.
2. Tempo delimitado de uso
A criança deve ter um dia repleto de atividades diferentes. Quanto mais possibilidades, maiores as chances de aprendizagens. Por isso, o uso de telas deve ser mais uma dessas possibilidades, e portanto deve haver limite de tempo estabelecido. O ideal para crianças pequenas, entre 2 e 5 anos, é que esse total não ultrapasse 1 hora de uso por dia. Alguns aplicativos, como o PlayKids apresentam em seus ajustes um limitador de tempo, que trava o aplicativo após o tempo estabelecido, ajudando os pais nesse controle.
3. Site e Apps de acordo com a idade
A internet é uma porta para o mundo e para uma infinidade de conteúdos diversos. Portanto, o conteúdo para crianças pequenas deve ser filtrado pelos pais. Eles devem selecionar empresas sérias que fazem uma curadoria de conteúdo, e desenhos e jogos que de fato sejam direcionados para aquela idade específica. Além disso, é importante verificar o intuito educacional, pois a criança está muito aberta para o aprender, e quaisquer estímulos que não contemplem esse intuito seriam desperdiçados nessa fase.
4. Dados trocados
Cuidado com o fornecimento de dados não necessários. As empresas devem coletar somente os dados vitais para o uso dos seus aplicativos.Por exemplo, se o aplicativo precisa apenas do e-mail, porque ele está pedindo a localização? Desconfie desses pedidos e denuncie. Os seus dados e de sua família devem ser protegidos. Cuidados com o compartilhamento de dados extras.
5. Limite de idade
Respeite os limites de idade de cada aplicativo ou site. Redes sociais, por exemplo, são para crianças acima de 13 anos. Não importa se todos os amiguinhos têm, as classificações indicativas estão lá para a proteção dos pequenos. Então, nada de concessões.
6. Pessoas desconhecidas
Alerte seu filho sobre possíveis perigos virtuais, sempre com a linguagem apropriada para cada faixa etária. Ensine também a reportar qualquer interação que lhe pareça estranha. Infelizmente, sabemos que há pessoas mal intencionadas na rede, que se passam muitas vezes, por artistas ou até por crianças. Explique isso ao seu filho e de forma apropriada mostre os possíveis perigos. Assim a criança consegue reportar para você sobre qualquer pessoa desconhecida que entre em contato.
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