Por que limitar o tempo de tela das crianças?

ago 11, 2021 | Educação & Tecnologia

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É natural que a pergunta “por que limitar o tempo de tela das crianças?” seja feita por pais, mães e responsáveis preocupados com o desenvolvimento infantil. Embora a televisão e outras telas por vezes funcionem como uma alternativa em dias corridos e agitados dentro de casa, é preciso ter muitos cuidados em relação a isso. Afinal, os adultos que passam a depender dos recursos digitais, como celulares e tablets, para prender a atenção dos pequenos e pequenas podem também colocar o desenvolvimento das crianças em risco.

Então, como encontrar o equilíbrio e garantir que as crianças não sejam prejudicadas pelo excesso de exposição às telas? Descubra agora mesmo!

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Por que limitar o tempo de tela das crianças?

É fundamental que o tempo de exposição das crianças às telas seja limitado. E o motivo é simples: existem diversos malefícios associados ao excesso de exposição de crianças e adolescentes aos dispositivos eletrônicos. Entre eles, está o aumento da ansiedade e a dificuldade nas relações sociais, por exemplo. Além disso, irritabilidade, comportamentos violentos ou agressivos, transtornos de sono e alimentação, e até déficit de atenção podem estar relacionados ao tempo de tela além do limite para cada faixa etária.

Além disso, é importante ressaltar que esse cuidado não deve ser apenas em relação ao tempo de tela: é preciso pensar também no conteúdo. Afinal, o que as crianças estão assistindo é adequado para a sua idade? Conteúdos violentos, por exemplo, podem influenciar negativamente o imaginário infantil e até gerar medos, pesadelos, crises de ansiedade e confusão entre realidade e ficção. Nesse sentido, é importante estar atento à classificação indicativa de cada conteúdo e avaliar os assuntos e temas de cada material.

Quais os impactos da exposição em excesso às telas?

Hoje, já sabemos que as telas são capazes de estimular a liberação de um hormônio associado à motivação e às sensações de prazer, a dopamina. E é justamente isso que exige a nossa atenção.

Considerando estudos realizados com jovens da Geração Z (nascidos entre 1996 e 2010), o excesso de exposição às redes sociais está associado a problemas de saúde mental. Em adolescentes menos sociáveis, por exemplo, o contato bastante frequente com os ambientes online pode gerar falsas sensações de satisfação, levando-os a acreditar que é possível substituir o mundo real pelo virtual sem danos às relações humanas. E é por isso, inclusive, que muitos jovens já estão se afastando dessas mesmas redes sociais: um em cada cinco entrevistados afirmou ter desativado suas contas, segundo estudo realizado pela agência de pesquisa Dentsu Aegis Network.

Nesse sentido, o excesso de exposição às telas pode prejudicar a construção de relacionamentos sólidos, seja na infância ou na vida adulta. Então, qual seria o limite adequado?

O que dizem os especialistas sobre isso?

É interessante que, a partir de certa idade, as crianças tenham algum contato a tecnologia. Afinal, é preciso preparar as crianças para o mundo real, onde aplicativos, celulares e outras telas são bastante utilizadas. No entanto, é necessário que isso seja sempre feito com controle e supervisão de pais, mães e responsáveis. Por isso, esse processo deve ser feito de forma bastante gradual e a partir de certos critérios, estabelecidos por especialistas em desenvolvimento infantil e de acordo com a idade de cada criança.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as telas eletrônicas não deveriam ser usadas no primeiro ano de vida dos bebês. A orientação, de 25 de abril de 2019, tem como base a preocupação com o sedentarismo de crianças tão pequenas. Ainda segundo a publicação, não é indicado o uso de dispositivos com telas, como celulares e tablets, de modo passivo. Ou seja, quando a criança fica apenas parada assistindo ao conteúdo.

Dessa forma, é recomendado o uso de telas apenas a partir dos dois anos e há um limite de uma hora por dia. Esse mesmo limite também é a orientação da Sociedade Brasileira de Pediatria para crianças dos dois aos seis anos de idade.

Qual o tempo máximo recomendado?

Nesse sentido, para além de compreender por que limitar o tempo de tela das crianças, é crucial que os adultos estejam atentos às recomendações de especialistas, de acordo com a idade das crianças. Somente assim será possível controlar o excesso de exposição às telas e evitar problemas de saúde mental, por exemplo.

De forma geral, é possível seguir a tabela:

  • Até os 6 anos: no máximo 1 hora por dia;
  • Entre 6 e 10 anos: até 2 horas por dia;
  • Entre 11 e 18 anos: até 3 horas por dia, e jamais durante a madrugada;
  • Acima de 18 anos: evitar as telas durante as refeições e, ao menos, 2 horas antes de dormir.

Vale lembrar que, independentemente da idade da criança e do adolescente, é importante que os pais supervisionem o uso das telas. Isso por conta de outros problemas, como a exposição a conteúdos impróprios para sua faixa etária e a comunicação com pessoas desconhecidas.

Como reduzir esse contato?

Antes de tudo, tenha em mente que os adultos devem tornar-se exemplos para as crianças. De nada adianta querer que os pequenos e pequenas não desenvolvam certos hábitos, se você mesmo os pratica. Por isso, cuidado com a forma como você se expõe à tecnologia, sobretudo na frente das crianças. Nesse momento, é preciso agir com racionalidade, de maneira que a tecnologia seja inserida na rotina da família sem excessos. Ferramentas digitais podem ser incríveis, inclusive para o aprendizado, mas não ultrapasse os limites saudáveis e diários.

Além disso, é preciso procurar alternativas para ajudar a entreter e educar as crianças com segurança. Se você optar por utilizar os conteúdos digitais e aplicativos infantis em algum momento do dia, dê preferência aos conteúdos produzidos por especialistas e que aliam educação e aprendizado, por exemplo. E não deixe de incentivar também as atividades fora das telas: atividades lúdicas são excelentes para gerar o estímulo necessário e da maneira adequada à faixa etária do seu filho.

Por fim, planeje seu dia a dia com critérios e preste atenção no tempo de qualidade com as crianças. Isso faz toda a diferença!

É preciso impedir o acesso às telas?

Ainda que o excesso de exposição às telas seja um grande problema, isso também não quer dizer que a tecnologia seja necessariamente nociva para as crianças. O fato é que, desde que utilizada de maneira racional, os dispositivos digitais podem sim ser elementos decisivos na educação e no desenvolvimento infantil. A questão, novamente, é agir com equilíbrio e atenção.

As inovações tecnológicas, por exemplo, têm simplificado o acesso à informação em todo o mundo, permitindo diversão, aprendizado e muito mais. Por isso, é importante que os jovens saibam lidar com esse contexto, ainda que de forma adequada a cada faixa etária e etapa da infância. Então, é importante inserir a tecnologia do jeito certo na vida das crianças e adolescente, de forma que seja possível estimular e incentivar o seu desenvolvimento.

Nesse sentido, em tempos em que a tecnologia se apresenta cada vez mais presente, e com benefícios indiscutíveis, o desafio está na moderação. Como oferecer à criança o acesso a um mundo digital, com qualidade e sem riscos à sua saúde? A resposta está no controle que os adultos exercem e na sua capacidade de planejar as atividades dos pequenos e pequenas segundo as orientações de especialistas.

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Equipe do Blog PlayKids

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