Se antes havia um debate na comunidade materna sobre o uso das telas para as crianças, a pandemia veio para escancarar que a tecnologia digital faz parte da nossa vida e, aceitemos, da dos nossos filhos. A discussão não é mais essa. A discussão é como os pais e mães podem contribuir para que tal elemento seja usado em prol do desenvolvimento das crianças. Como usar com qualidade o tempo de tela?
Tempo de tela com qualidade
Primeiro de tudo, pode até ser que as crianças de 2 anos saibam tirar fotos no tablet, escolher o vídeo que querem ou falar com a Alexa. Mas isso é totalmente diferente de saber se aventurar no mundo online. E, caros amigos, cabe a nós ensinar os nossos filhos a moderar o tempo de tela – que, sim, aumentou e não foi só na sua casa – e a tornar positiva a experiência do uso dela.
Isso é possível e mais fácil do que você pensa. É tudo baseado na conversa e na mediação. Veja algumas estratégias:
1. Troca, conexão e vínculo
Aproveite um pouco do tempo de tela do seu filho para conhecer seus interesses e entrar no universo da criança. Pare por uns minutos para assistir com ela o desenho preferido ou entender as estratégias do jogo online. Quando mostramos que nos interessamos pelo que eles curtem, abrimos a porta para o diálogo, criação de vínculo e trocas.
2. Conteúdo mediado
Veja, não usei a palavra controle. Usei ‘mediação’. Não é sobre proibir – até porque os filhos tendem a transcender os pais – mas é sobre orientar. Uma vez criada a conexão entre você, a criança e o conteúdo, pode-se oferecer a sua experiência para orientá-la sobre se o conteúdo é legal ou nem tanto e ir desenvolvendo um senso crítico nela.
3. Crianças ativas, aprendizado mais concreto
Sempre que puder, estimule a atividade da criança: a cantoria da música do desenho, a interação com os personagens. Estimule replicar no offline alguma atividade que as personagens fizeram – um bolo, um passeio até o parque, construir torres de lego. Assim, a criança concretiza o que absorveu do desenho e isso é fundamental.
Nós precisamos olhar com empatia para as telas e aceitar que são mais um elemento para se cuidar na aventura de ser pai e mãe. Só entendendo isso, usaremos a potência dessa ferramenta e aproveitamos o que ela tem (e tem!) de melhor.
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