Até pouco menos de meia década atrás, tudo que era dito, evidenciado e definido girava em torno dos chamados: Millennials (geração Y). Porém, hoje o mundo começa a se movimentar ao redor dos pequenos que formam a geração alpha (ou alfa).
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Crianças que já nasceram 100% conectadas e inseridas ao universo digital. Os filhos dos Millennials, como são apontados, não precisam se adaptar à tecnologia e sua rápida evolução.
Uma vez que os alphas se desenvolvem junto com o mundo tecnológico a sua volta. Tal como aprender a andar, correr, falar e comer sozinhos. Eles seguem a tecnologia sem ao menos se darem conta do quão significativo e impactante tal habilidade possa parecer para as gerações anteriores.
Vamos entender e conhecer melhor quem é a geração alpha. Trataremos hoje de como seu comportamento na sociedade vem despertando interesse científico e análises antropológicas.
O que é geração alpha?
A geração alpha são aqueles nascidos a partir de 2010, tendo fim ao ciclo geracional no ano de 2025. Esta fase vem sendo o centro de análises, pesquisas e observações, por ser a primeira geração nascida conectada.
Na prática, isso significa uma geração que não tem contato com o mundo analógico. A realidade fora da tela dos smartphones, tablets e computadores é algo muito distante e irreal para estas crianças.
Isso impacta principalmente na maneira como elas fazem uso da linguagem oral, escrita e corporal. O tecnológico afeta tudo que compõem suas habilidades em se comunicar com outras pessoas.
Conhecer o mundo por meio virtual é outro ponto a ser observado e discutido. Alguns especialistas indicam que essa será uma geração mais introspectiva e com mais dificuldade em se libertar dos cuidados e proteção dos pais.
Outros, apontam que essa seja uma geração com habilidades para lidar, construir e desenvolver de forma mais sólida e eficaz novos avanços tecnológicos. Contribuindo assim para uma série de benfeitorias à sociedade nos próximos anos.
A verdade é que a cada nova geração, novas expectativas surgem. Uma nova leitura sobre o comportamento humano se faz necessária. Assim, um novo modo de viver em sociedade é implantado pouco a pouco.
Como são medidas e definidas as gerações?
As gerações são definidas com base em uma série de fatores que levam em consideração diversos fatores. Aspectos como o sociais, econômicos, populacionais e tecnológico dentro da sociedade.
Os estudos, muitas vezes, levam em consideração dados colhidos dentro de grandes centros urbanos de países desenvolvidos. Por isso, muito é discutido e questionado sobre quando uma geração começa e quando se encerra. Especialmente em relação à transição entre os Millennials e a GenZ.
Porém, usando a catalogação mais aceita no meio científico, podemos afirmar que as gerações até o momento são:
- Baby Boomers (1946-1964);
- Geração X (1965-1979);
- Millennials (Geração Y) (1980-1996);
- Geração Z (1997-2009);
- Geração Alpha (2010-2025).
Quais as principais diferenças e relação entre a geração alpha e as antecessoras?
O fato de ser uma geração já imersa à tecnologia, suas evoluções e mudanças constantes. Ninguém precisou ensinar as crianças dessa era a compreender o funcionamento da internet e seus dispositivos.
Em uma linguagem simples, é como se os alphas já nascessem literalmente conectados. E conforme crescem e se desenvolvem, absorvem espontaneamente todas as novidades e avanços que surgem no mundo virtual.
Os Millennials foram os primeiros a terem um contato direto com a tecnologia, por meio de pixels e telas. Acompanham o crescimento e a dissipação da internet nos lares e nas escolas.
Se adaptaram à nova realidade na adolescência e entraram para a vida adulta usufruindo de todas as facilidades tecnológicas. Mas tudo foi aprendido, estudado e pouco a pouco adaptado ao dia a dia.
A geração Z, por sua vez, já teve contato com universo online por meio das telas mais cedo, ainda na infância. Mas também, puderam sentir as mudanças na evolução tecnológica e precisaram se adaptar a elas.
A geração alpha chegou ao mundo sem saber o que é e como funciona uma realidade offline. Sem internet, smart Tv, smartphone, tablet, plataformas de jogos, streaming de vídeo, música ou chamadas telefônicas sem vídeo.
O que esperar da geração alpha?
Acredita-se que essa geração terá uma vida melhor e mais confortável que as antecessoras, com mais oportunidades e com a possibilidade de desfrutar de tudo que a tecnologia poderá proporcionar.
O acesso à educação será mais fácil e por virem de núcleos familiares mais presentes, equalitários, conscientes sobre questões ambientais e que priorizam a qualidade de vida e o bem-estar em família.
A geração alpha tem tudo para ser mais “humana”. Ou seja, futuros adultos que pensam mais uns nos outros, que buscam por consumo de energia limpa e renovável e com uma mente mais aberta para o diferente.
Pontos de atenção
Por outro lado, por se tratar de crianças que passam horas do dia conectadas às telas, elas poderão ser mais frágeis, menos independentes e poderão sofrer mais com doenças oftalmológicas.
Além disso, a facilidade em se comunicar e se expressar por meio de mensagens de textos, emojis, vídeos e figuras, poderá ser prejudicial ao desenvolvimento do poder de comunicação pessoal.
Ou seja, maior dificuldade em se relacionar, em discursar, compreender frases e textos longos e em transcrever ideias e pensamentos de forma mais complexa.
Por essa razão, a geração alpha poderá concentrar o maior índice de crianças e, futuramente adultos, com déficit de atenção (TDAH). Isso, muito se acredita, por conta da rapidez como um imenso volume de informação chega até eles.
Pouco se sabe ainda sobre o que o futuro de fato reserva para a geração alpha, mas é certo que muito do que ainda está por vir, em desenvolvimento tecnológico, será criado para eles ou mesmo por eles.
E, também, é importante que aqueles que têm uma criança dessa geração em casa, cuidem para que — além das habilidades natas dos pequenos quando o assunto é tecnologia — seja estimulado o desenvolvimento de outras habilidades e talentos.
Vivenciar o mundo real utilizando conversas, construindo laços, memórias afetivas e estimulando a criança a experimentar coisas novas a cada dia longe das telas pixeladas. Isso é garantir que, no futuro, o seu filho estará mais preparado para os desafios que poderá encontrar.
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