O BLW, sigla que vem do Inglês “Baby-led Weaning”, que na tradução seria desmame guiado pelo bebê é um método que está ganhando cada vez mais adeptos no mundo.
O estudo vem do livro de Gil Rapley, cujo título tem mesmo nome, a ideia central é que o bebê ao invés de ser alimentado com uso de utensílio como colheres, ele explore os alimentos com as próprias mãos. Dessa forma, traz independência e confiança, fazendo com que o bebê siga seu próprio tempo frente a alimentação. A experimentação vai além do sabor do alimento, e transita também pelas cores, texturas, cheiros e identificação dos alimentos em seu estado natural, sem misturas.
Possibilidades da alimentação
Algo que a autora que foi enfermeira por vinte anos apresenta é o contraponto de que muitas vezes nós ensinamos o bebê a comer, quando na realidade, devemos apresentar a possibilidade da alimentação. Assim, seguindo a mesma ideia de outras coisas que o bebê aprende como: rolar, sentar, engatinhar, falar e andar. Dessa forma, os pais e cuidadores devem incentivar o bebê a entender o que são os alimentos, e não propriamente forçar a alimentação.
Quais são os princípios da BLW?
A ideia do BLW é que o bebê se sente à mesa, de forma segura, junto à sua família no momento das refeições, e que deixe-o ter contato com os alimentos.
Para isso é importante que os pais e cuidadores pensem em porções que o bebê consiga pegar com as mãos, aqui valem alimentos crus e também cozidos, em temperatura ambiente. Então, o bebê começará a explorar, tudo isso ao seu tempo, que ocorre por volta do sexto mês. As brincadeiras e a sujeira são esperadas e bem-vindas durante o processo. Nesse sentido, para que o BLW funcione é necessário muita calma e paciência do lado dos pais, para não acelerar ou induzir o processo.
As vantagens da BLW
Algo interessante do método é sobre a saciedade do bebê. Ele deve aprender a comer apenas quando tiver fome. O método deixa livre para que o bebê pare a sua alimentação aos primeiros sinais de saciedade, algo que nem sempre ocorre na alimentação induzida.
Outro ponto levantado pela autora é a possibilidade do bebê em conhecer os sabores de cada alimento, aqui ela faz referências à papinha, que mistura diferentes alimentos. Assim, ele pode identificar qual alimento gosta ou não.
Pontos de atenção:
Um ponto das críticas ao BLW se encontra na posição de que como o bebê escolhe o que quer comer, pode ser que falte algum nutriente importante para seu desenvolvimento. Por conta disso, que o cardápio do BLW deve ser muito bem pensado de forma a suprir possíveis déficits alimentares. Para isso, sempre recomendamos que os pais conversem com o médico de sua confiança.
Outro ponto que surge bastante nas conversas do BLW é sobre engasgo. Uma vez que os alimentos são sólidos, nesse caso, a autora reforça que o engasgo pode ocorrer com quaisquer tipos de alimento, e reforça cuidados, como a posição do bebê ao comer, alimentos muito pequenos ou duros. Dessa forma, é muito importante que o bebê esteja sempre acompanhado durante os momentos das refeições.
Você já conhecia o desmame guiado pelo bebê? Já tentou introduzir a BWL com seu bebê? Conta pra gente como foi a sua experiência!
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