O papel da tecnologia na primeira infância

jun 10, 2021 | Educação & Tecnologia

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A primeira infância é o período que abrange os primeiros cinco anos de vida da criança. É um dos momentos mais cruciais no desenvolvimento do indivíduo. Afinal, é o período em que o cérebro mais se desenvolve em termos estruturais e que a criança mais aprende. Trata-se de uma etapa no qual a criança estabelece estruturas que a acompanham por toda vida. Por isso, é fundamental falar sobre tecnologia na primeira infância

A importância da primeira infância

Existem estudos que correlacionam os estímulos da primeira infância com situações futuras como: o desempenho escolar e os vínculos de segurança e habilidades de relacionamentos com mensagens aprendidas sobre confiança nos primeiros anos de vida.

Dessa forma, uma coisa é certa, esse é um momento que pede muita atenção e cuidado. Afinal, a criança encontra-se muito disponível para o conhecer, e cada minutinho conta.

Vamos falar de ação e reação

A criança aprende por meio da interação com os outros e com o ambiente. Todas essas relações geram respostas, por exemplo: se você faz uma brincadeira com a criança e ela sorri, provavelmente você sorri de volta; se a criança bate uma peça no chão, faz um barulho. Esses movimentos de ação e reação são cruciais para que a criança se perceba no mundo, como atuante. Nesse sentido, quanto mais possibilidades forem apresentadas para as crianças, mais coisas ela aprenderá. Ou seja, o ideal é que a criança conheça, explore e seja apresentada ao mundo, aos objetos e às pessoas.

O uso das telas e a exposição à tecnologia na primeira infância

É exatamente o sentido de ação e reação que provoca controvérsias sobre o tema de telas. Afinal, os vídeos não esboçam as reações que são tão importantes para o aprendizado. Exatamente por isso que as telas para essa faixa etária devem ser usadas como meio e não como fim, sempre voltadas para o conteúdo educacional. Isto é, é preciso trazer um sentido extra àquele conteúdo através da mediação. 

Mediação é explicar e traduzir o mundo para que a criança o entenda. Ao assistir um desenho com ela, a criança pode acompanhar a sua reação, e aí a experiência muda completamente. O vídeo torna-se um apoio para que a criança entenda as emoções, as reações, e conheça universos fora do alcance dela, como por exemplo: a floresta, o deserto, ou outra cultura. Usar a tela como meio para que a criança acompanhe uma música, ressignifique um vídeo, aprenda com o passo-a-passo, ou jogue um game é uma forma de trazer a reação. Essa é a reação necessária para o aprendizado da criança, uma forma de expandir a experiência com as telas. 

Variedade de estímulos

Outro ponto é a diversificação de possibilidades. O ideal é que a criança entre em contato com diversos objetos como música, texturas, comida, areia, ou seja, com uma miríade de estímulos. Dessa forma, a limitação é um desafio a ser contornado e a criança deve ocupar o seu dia com diferentes atividades. Afinal, é essa variedade que reforçará aprendizado. 

Então, conta para a gente: como é aí com o seu pequeno?

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Nathalia Pontes

Nathalia Pontes

Mestre em Psicologia da Educação pela PUC-SP e escritora de livros infantis, acredita que aprender é uma combinação entre autoconhecimento, troca e curiosidade pelo novo. É apaixonada por educação e tecnologia.
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