A saúde mental é essencial para o desenvolvimento saudável do ser humano, além de ser um mecanismo capaz de auxiliar as famílias no entendimento dos sentimentos de suas crianças. A manutenção do sistema emocional infantil pode ajudar a criar hábitos benéficos no enfrentamento de problemas e manter relacionamentos sociais saudáveis. A saúde mental afeta o comportamento, sentimentos e ações das crianças.
Por que falar de saúde mental na infância
Os primeiros anos de vida funcionam como base para as aquisições que o cérebro fará nos anos seguintes. Dessa forma, promover a saúde mental infantil é uma forma de cuidar de nossos futuros jovens, adultos e idosos. Durante a infância costumam surgir os primeiros sintomas de transtornos mentais, que podem se agravar de forma considerável na vida adulta. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), metade das doenças mentais começam aos 14 anos. Nesse sentido, discutir o tema e estar bem informado sobre os sintomas contribui para o reconhecimento precoce dos problemas de saúde mental.
Como cuidar da saúde mental das crianças
Para cuidar da saúde mental na infância, é preciso primeiro olhar para as crianças. Uma criança ansiosa ou agressiva, por exemplo, pode ser o reflexo do ambiente em que vive. Por isso, é necessário compreender os contextos nos quais elas estão inseridas. Afinal, as causas mais comuns para doenças mentais nas crianças são o bullying, excesso de exposição de telas, falta de afeto, cobrança exagerada da família e até traumas e violência. Isso acontece porque as crianças ainda não possuem habilidade emocional para gerenciar experiências desagradáveis. E, então, as vivências negativas podem estar relacionadas ao seu adoecimento mental.
Como as famílias podem contribuir
Na infância, os adultos são bastante responsáveis pelo bem-estar emocional das crianças. Para isso, é importante que eles estejam alertas a sinais, representados por comportamentos diferentes dos hábitos normais da criança. A agressividade, o pessimismo, dificuldade de concentração ou memória, queixas de dores e falta de apetite são alguns exemplos. Além disso, é importante que os cuidadores se empenhem na promoção da saúde mental das crianças, ou seja, criando estruturas saudáveis para que elas cresçam e se expressem de forma equilibrada. Da mesma forma que os adultos, as crianças precisam dialogar sobre suas angústias e insatisfações, elas necessitam de espaço para se comunicar, realizar atividades físicas e culturais para evitar a sobrecarga mental e o estresse.
Por fim, não se esqueça de sempre reforçar para a criança que há um porto seguro para desabafar quando quiser. Construam juntos novas possibilidades e demonstrem interesse. Com todas essas iniciativas, é possível melhorar a qualidade de vida das crianças e principalmente, contribuir para a sua autoestima e satisfação pessoal.
Quando procurar ajuda profissional?
De forma geral, é preciso observar as crianças e prestar atenção a sintomas que se mantenham por mais de 1 mês. Caso as alterações de comportamento permaneçam durante este período, é indicado buscar ajuda médica, como o apoio de um psicólogo ou psiquiatra infantil.
É importante lembrar que o diagnóstico deve ser feito de forma exclusiva por profissionais,ao invés de apenas rotular a criança pelo comportamento diferente. Diversas situações da vida das crianças também podem ser motivadores para a procura de um profissional, como por exemplo, problemas escolares ou da mudança de escola, a separação dos pais e até mesmo a chegada de pessoas novas na família. Afinal, todos esses assuntos podem desencadear situações de estresse e confusão.
Conclusão
O apoio constante e a observação das famílias desempenham um papel fundamental na promoção da saúde mental e no desenvolvimento das crianças. É essencial reconhecer que, à medida que as crianças crescem, enfrentam desafios emocionais, sociais e cognitivos que podem afetar profundamente seu bem-estar. Portanto, caso o comportamento de uma criança seja frequentemente diferente ou preocupante, procurar um profissional é a decisão certa.
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